terça-feira, outubro 31, 2006
segunda-feira, outubro 30, 2006
sábado, outubro 28, 2006
dutch design awards 2006
este café (chama-se witloof, que suspeito sem certeza que seja endívia) ganhou o prémio de melhor design de interiores. é uma espécie de cruzamento do minimalismo com o barroco que está na moda já há alguns anos e que me agrada. para ver os outros prémios de design é aqui.
quinta-feira, outubro 26, 2006
terça-feira, outubro 24, 2006
hotel na austria
uma ideia genial: transformar tubagens gigantes de betão para drenagem em quartos para alugar. os quartitos foram colocados sobre o relvado de um parque na áustria, próximo de linz. o target é a rapaziada mais nova (até porque ainda não percebi onde são as wc's...). chama-se das parkhotel, e o site tem umas fotografias tão giras que merece uma visita. está aqui.
segunda-feira, outubro 23, 2006
somewhere
(Alice, fotografia da Annie Leibovitz)
Alice: Would you tell me, please, which way I ought to go from here?
The Cat: That depends a good deal on where you want to get to
Alice: I don't much care where.
The Cat: Then it doesn't much matter which way you go.
Alice: …so long as I get somewhere.
The Cat: Oh, you're sure to do that, if only you walk long enough.
sábado, outubro 21, 2006
sexta-feira, outubro 20, 2006
eu hoje almocei assim*
meio-portuguesa/meio-inglesa, cheia de energia e com um casaquito que é o máximo.
*more or less like bomba.
*more or less like bomba.
quarta-feira, outubro 18, 2006
on elizabeth
a propósito da série no canal 2 fui investigar motivos para a elizabeth I não se ter querido casar, contra todas as pressões. a minha primeira suspeita foi trauma de ser filha do henrique VIII. ora na wikipédia:
A razão para nunca ter se casado é imprecisa. Pode ter sentido repulsa, motivada pelos maus tratos que as esposas de Henrique VIII haviam recebido (aha! era o que me parecia). Outra hipótese é de que tenha sido afetada psicologicamente pela suposta relação que teria tido com lorde Seymour durante sua infância. Boatos da época imputavam-lhe um defeito físico que estava receosa de revelar: talvez marcas deixadas por varíola (obviamente propaganda da época). É também possível que Elizabeth não desejasse compartilhar o poder da coroa ou que, dada a situação política instável, temesse a luta contra rebeliões apoiadas por facções aristocráticas, no caso de estabelecimento de matrimónio com algum representante de alguma dessas facções.
e de repente, no último parágrafo:
A única coisa que se sabe com certeza é que o casamento ser-lhe-ia particularmente dispendioso e custar-lhe-ia também alguma independência, já que todas as propriedades e rendas de Elizabeth herdadas de seu pai seriam suas somente enquanto fosse solteira.
terça-feira, outubro 17, 2006
ponte em londres (II)
ponte em londres
domingo, outubro 15, 2006
estado deste blogue num domingo à tarde
cheia de sono e farta de perder noites a trabalhar. e se mudasse de vida? tipo casar com um milionário e dedicar a vida a procriar e organizar festas. hum... e ter imensos amantes... marie antoinette mas sem decepamento final.
é desta que me enfio num spa 8h seguidas mal entregue este projecto. vou às compras e tudo. e ao cinema. e tudo.
sexta-feira, outubro 13, 2006
sexta-feira treze o tanas
o bom que é apanhar solito no carro a caminho do atelier não tem explicação.
anda aí um concurso para eleger o maior português de todos os tempos. entre os nomeados está a catarina eufémia (na categoria "o charme de se fazer assassinar"), o joaquim de almeida (na categoria "somos um país melhor por ter um actor que faz filmes de merda em hollywood"), o eusébio (categoria "moçambique, portugal sempre"), o joão césar monteiro (categoria "o bom que é abusar de criancinhas e ainda fazer filmes à pála"). gosto também do d. sebastião, na categoria especial "jovem governante enlouquecido com delírios de grandeza". mas há muitos outros e bons, otelo saraiva de carvalho, zé mourinho, vasco santana, é de chorar a rir.
não é facil. em inglaterra ganhou o churchill, mas era de caras. eu estou dividida entre o infante d. henrique e o fernando pessoa. por acaso eram os dois gays. e o pessoa era esquizofrénico. enfim, não se pode ter tudo, não é verdade?
p.s. a fotografia é em homenagem a defensores do d. joão II.
quinta-feira, outubro 12, 2006
quarta-feira, outubro 11, 2006
londoner II
segunda-feira, outubro 09, 2006
sexta-feira, outubro 06, 2006
quarta-feira, outubro 04, 2006
la haine
our very own maquiavel. tudo nele enoja. as motivações, a hipocrisia, o descaramento. a demonstração do fraco peso que a inteligência tem para o que de fundamental têm as pessoas, o que é particularmente dificil de engolir.
o referendo sobre o aborto é suficientemente estúpido por si só para dispensar a tortura que vai ser ter de ouvir e ver este gajo.
isto para recomendar ir ao glória fácil ler a f. sobre o assunto.
terça-feira, outubro 03, 2006
straight to the point
estou para aqui cheia de remorsos por postar textos longos e chatos sobre arquitectura e memórias de infância. o que é que isso te interessa a ti, oscar, a única pessoa que cá vem? o que tu queres (e tens a tua razão) é mulheres semi-nuas e meia dúzia de lérias científicas. vê esta conferência, é do tipo da que te passei via messenger no outro dia, um sociólogo a falar sobre os níveis de insatisfação resultarem das expectativas geradas e demasiada escolha (via complexidade e contradição).
depois aqui tens os prémios nobel a serem divulgados aos bocadinhos.
quanto à cool mum, que também cá vem, tens aqui uma cama muito gira e versátil, que vai do berço à pré-adolescência.
segunda-feira, outubro 02, 2006
dia mundial da arquitectura
nas fotos está a ville radieuse, uma das unité d'habitation do corbusier em marselha, onde vivi em 76 e um bocadinho de 77. o meu pai estava a fazer investigação para o doutoramento e lá fomos todos. na altura as unité d'habitation estavam um bocadinho caídas em desgraça, daí as rendas acessíveis (uma sorte do caraças, hoje em dia a coisa é muito diferente). os edifícios têm como conceito a cidade vertical: cada edifício deve procurar a auto-suficiência. do que me lembro, do que me servia, era das lojas e da escola primária.
acho que são do edifício do corbu as minhas primeiras recordações (com excepção de uma memória difusa em que duas mãos gigantes me estão a dar banho numa banheira minúscula). a 1ª ida à escola primária (um espaço fantástico), e a hiperbólica experiência de ir comprar pão sozinha. a cool mum no outro dia falou nisso e eu que pensava que era só comigo. com 4 anos eu saía sozinha de casa, subia uns lances de escadas, chegava a um balcão, olhava para cima (muito para cima) e dizia uma frase que me saía com a satisfação duma punch line: "une baguette, s'il vous plait". voltava para casa a sentir-me a MAIOR, e com o troféu na mão.
eu e as minhas irmãs, com 4, 5 e 6 anos, apropriámo-nos completamente do edifício do corbu. víamos televisão depois da hora de deitar escondidas mas muito visíveis na mezzanine (só fomos apanhadas uma vez por nos rirmos envergonhaditas com um beijo). entrávamos pela caixa do correio (não me perguntem como, mas entrávamos). uma vez perdi-me nos elevadores e imaginei-me a passar toda a minha vida em marselha sem encontrar a minha família (a tendência dramática revelou-se precoce).
depois voltámos para lisboa e foi um sacrifício andar no bom sucesso, tão escuro, de janelinhas tão pequenas e com claustro (odeio claustros, na altura e ainda hoje, causam-me horror).
hoje em dia quando me lembro que vivi num edifício do corbu acho inacreditável. e quando penso ou discuto a importância de arquitectura para a geração de vivências, educação estética e ética, como contributo de cidadania, é nesta experiência da minha infância que penso primeiro. e lembro-me sempre do raio das baguettes.
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