por coincidência, na véspera de saber do filme de brideshead, estava (ainda) a ler o "landscape and memory" do simon schama, e, no capítulo "arcadia redesigned", o autor diz que a primeira vez que ouviu a frase et in arcadia ego não foi numa pintura pastoral ou num poema, mas no "brideshead revisited". estava inscrito no crânio que o charles ryder guardava no quarto em oxford. a frase et in arcadia ego tem duas interpretações. arcadia é um ideal romântico de natureza (sendo que existia de facto na grécia e também como conceito, alterado posteriormente por roma, mas nem isso, nem a forma como o foi feito ou o seu significado suspeito que interesse neste momento a outra pessoa que não eu). "também eu estou em arcádia", em inglês fica melhor "I, too, am in arcadia", pode ser lido como uma nostalgia da natureza tipo rousseau, ou (e mais interessante), como uma frase que é dita pela morte. também a morte está em arcádia, dito na primeira pessoa.
isto para enquadrar uma citação do livro do schama (p.519):
The cunning of Waugh's conceit is to lure the reader into assuming that Ryder's revisitation of Brideshead speaks of an elegy for a golden age when in fact it turns into a long graveside oration for the death of faith, love, dynasty, England itself.
Sem comentários:
Enviar um comentário