É importante discutir o Estado Novo, a figura de Salazar e a sua importância no século passado. No entanto, a frio, vejo duas grandes ordens de razões para não se o fazer.
A primeira prende-se com a ausência de distanciamento histórico. Por exemplo, só até há pouco tempo é que na Torre do Tombo foram "desclassificados" documentos do período da ditadura e abertos à respectiva consulta pública.
Por outro lado, ainda existe gente que "experimentou" o regime político anterior de forma directa e que, para o bem e para o mal, ainda nos transmite um testemunho excessivamente emocional e desenquadrado do contexto geo-político da época.
A segunda, prende-se com o interesse "politiqueiro" das forças políticas de extrema esquerda. Para as quais é mais importante diabolizar a personagem histórica do que procurar fazer uma análise crítica e contextualizada daquilo que foi Salazar e o seu legado.
Não é por acaso que nesta posta, a autora, muito por influência das suas ideias extremadas, se refere à seriedade do "gajo" como algo de somenos importância. Como se de facto, a seriedade, os princípios e valores subjacentes à actuação política fossem algo desvalorizável num agente político.
Ora, nesta base, é impossível discutir-se o que quer que seja de forma séria, isenta e construtiva. E depois, politicamente correctos que somos, surpreendemo-nos com estes resultados.
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1 comentário:
Não se importa de repetir?
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